sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Erótica

- Um beijo grande cheio de coragem...
- A coragem vai derretendo-se com a chuva que teima em cair...
- Parece que o tempo não tem tempo para nós mergulharmos nele sem relógio... Mas o desenho que se esboça é bonito e a chuva não o apaga... naquela toalha de mesa...
  Beijos molhados lá fora... preservados cá dentro...
- Os humanos têm a estranha opinião de que a chuva não é uma coisa boa ...Talvez por termos a capacidade de nos entristecermos... Quando estamos tristes não ajuda a Natureza também chorar.
- As nossas línguas, a minha e a tua, gostam-se nessas palavras, onde o óbvio se entrelaça com o difuso... mas em que o sentido de ambas, juntas, seca o molhado do frio, e derrete o quente do calor...
- Na minha língua o molhado pode ser quente... o sentido das nossas línguas só tem de encontrar uma palavra que junte os verbos secar e derreter!
  Acho que preciso de um desenho desses verbos na tal toalha de papel... Há que aprender as línguas das nossas Romas!
- Esses verbos querem-se desenhados na tua companhia, alimentados pelas línguas que as palavras põem a entrelaçar... Vou querer em breve...
  Beijos desenhados em Roma... aquecidos no molhado e derretidos na língua...
- Vamos encontrar-nos agora sob a batuta de Morfeu. Aqueço e derreto os beijos de Roma na minha língua...
- Vamos sim... aquecemo-nos os dois nesse sonho moldado pela sua personificação... desejando acordar desse sonho e continuar a sentir o derreter das línguas de Roma, no molhado do sonho...


Nota: Créditos literários a quem o conversou comigo...

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