domingo, 21 de novembro de 2010

Assassinos de mim...

Passo a vida a interpretar, a ver de forma relativa e a colocar-me nos sapatos dos outros.
O que recebi? Bem, foi-me dado a conhecer o lado mais obscuro da alma humana. Este lado fascina-me quando o observo mas tem-me trazido muitas dores quando o vivo. Tenho lidado com ladrões, assassinos e violadores... dou-me bem com todos. Resolvo, esclareço, baralho e torno a dar... E a minha vida vai ficando com bocadinhos de cada um. Vou constuindo-me, passando pela vida dando a ideia de que a vejo passar... Um engano. E esse engano vai custando-me o que me é mais precioso... o amor. Em tempos, quando apenas observava e agia nos outros, pensei que o amor direccionava a essência humana mantendo-a naquele equilíbrio da existência entre a razão e o instinto. Hoje realizo que o amor é um instinto, que de muito pouco serve à alma humana. O espírito humano é a razão e a razão é o bastante para justificar os assassinos de mim...

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