quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Rainha das Formigas

Sou uma necrópole de almas encantadas que se encantam por mim... Vou carpindo o que sou sem conseguir conter e teimo em existir... A inutilidade de teimar, assim, faz a roda girar, e girar... Inepta! Não sou mostrável, apresentável, sequer transportável... Sou uma massa morta, fervente de vida que se transborda noutras vidas... Só isto! Rainha das formigas... Deusa das efémeras... Imprópria de se ver, breve no ser! Volto a ser nada... Volto a ser...

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