sábado, 29 de janeiro de 2011

Arame V

Nesse momento em glória em que finges que me queres, as nossas mãos são trespassadas por um raio e despedaçam-se para sempre em pó, no nada...
Estou em queda, passo por nós: pelas mãos dadas, o portão fechado, o desejo, os encontros; quando as nossas mentes se entrelaçavam num querer único, num ser único, quando os nossos corações se fundiam - o meu no querer, o teu na minha fantasia. Percorro derradeira a tua pele, o teu pulsar, recebo a verdade do teu toque no meu peito enquanto o meu coração desmultiplica-se num milhão de borboletas que me abandonam... Fecho os olhos e deixo-me ir na dor, enquanto caio. Ganho velocidade pelo abismo imenso, incendeio-me e diluo-me para sempre em cinzas nesse ar gelado enquanto os meus lábios vão desenhando: AMO-TE........ Fim

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